Chamam-se Os Vultos, foram os vencedores da 8ª edição das Purple Sessions, o concurso de bandas organizado pela Associação de Estudantes da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, e falaram em exclusivo à Mais Superior.
Das quatro bandas a concurso, Os Vultos foram os grandes vencedores da edição deste ano das Purple Sessions. Resolvemos entrevistá-los e a coisa correu bem, se o objetivo não passou por promover a música que fazem. Esta é uma banda que faz tudo sozinha, até mesmo estas respostas. Lê tudo com atenção e descobre… cenas!
Que “Vultos” são estes? De onde surgem e como chegaram à vossa formação atual?
Originalmente queríamo-nos chamar de “As Vulvas”, mas pelo facto de nenhum de nós ter as ditas, resolvemos alterar o nome para algo parecido.
Há um ano éramos 5, mas agora somos 4 porque precisámos de vender um (no chamado mercado de inverno) na candonga para podermos comprar equipamento. A última vez que soubemos do Ricardo estava em Porto Alegre a vender leite numa carrinha pão de forma.
Agora com quatro é melhor porque já podemos jogar à sueca.
Como é que podemos aceder à vossa música, e o que podemos esperar quando clicarmos no “play”?
Infelizmente estamos no Facebook e no bandpage – https://www.bandpage.com/OsVultos – por isso quem nos procurar vai ter o azar de nos encontrar.
Quando se clica no “play” vão ouvir 100% música independente, que é uma expressão que caiu em desuso.
Os Vultos não têm e não querem ter produtor, promotor ou designer. É tudo feito por nós: música, letras, design, produção, promoção, vídeos.
Quando às músicas, temos tido um feedback muito positivo, o que é estranho. Aliás o Júlio de Matos contactou-nos para utilizar a nossa música como teste de triagem para internamento. Se gostarem então estão aptos para internamento com direito a eletrochoques.
A participação no Purple Sessions surge de alguma ligação vossa com o mundo universitário? Qual é a vossa formação académica e como conciliam/conciliaram isso com a música?
Soubemos do Purple Sessions porque a garota de um dos nossos elementos fez Farmácia na FFUL… e meteu uma cunha com chantagem e tudo, ou acham que ganhámos por mérito musical?
Temos uma grande ambição em termos universitários, que é como que um chamamento: o nosso grande sonho é aquando da reforma, irmos para a Universidade da terceira idade para termos desconto em fotocópias e termos cartão de estudante para irmos comer às cantinas.
Em projetos passados, alguns de nós já tinham tocado em Queimas das Fitas, Festas de recepção ao Caloiro e afins. E para dizer a verdade, temos saudades desses tempos e ambientes… mas este ano vamos tocar numas festarolas para compensar.
Que importância teve para a banda a vitória no Purple Sessions? Abriram-se novas portas? Quais são os vossos planos para os próximos tempos?
Boa questão! Ainda não tinha passado uma semana e já tínhamos um convite para participar num festival de bandas. E participámos no Concurso Nacional de Bandas da Antena 3. Entre 300 bandas, fomos uma das 9 selecionadas, o que explica porque é que a Rádio Comercial é líder.
O nosso grande objetivo é que o Belmiro de Azevedo nos contrate para despertador pessoal. Dormiríamos no quarto dele e às 7 da manhã começávamos a tocar até que ele nos desse uma palmada na cabeça, estilo snooze. Se ele adormecesse, passados 10 minutos voltaríamos a tocar, mas agora com mais intensidade. A maior parte das pessoas sonha ser o capacho dele, por isso não estamos mal.
Onde podemos ver-vos ao vivo?
Depois das bocas do Belmiro, no Colombo não será de certeza. Geralmente, uma vez por semana vamos às compras todos juntos no Jumbo de Alfragide, por isso podem-nos ver aí ao domingo depois da praia, na caixa de saída perto das bebidas espirituosas (sim, nós somos pessoas muito espirituais).
Em concerto? Vão ao nosso Facebook, está lá tudo. Até ver, temos 4 concertos agendados pelo país irreal, mas o concerto que mais nos interessa vai ser na Faculdade de Farmácia onde vamos fazer uma pequena surpresa aos alunos… mas por enquanto não podemos adiantar nada.
A boa notícia é que não inclui nudez.
[Fotos: cedida pelos entrevistados]